Fiz 41 anos

A chegada dos 41 foi linda e bastante agradecida. Repeti algumas vezes que não trocaria por nada tudo o que vivi até aqui. Pedi saúde, paz e tranquilidade.

Almocei nhoque da fortuna pela primeira vez em 41 anos (dia 29). Achei sorte. Fiz o que queria, como queria. Comemorei o dia do meu nascimento com bolo, pizza e vinho (vinho! quem diria!). A família reunida em volta da mesa… e a falta da presença da minha vó, que seria a mais alegre ao cantar o parabéns e gritaria sorrindo: “Nubia, Nubia, Nubia”.
Mas agradeço por sua participação ativa em 40 festas de aniversário.

No domingo seguinte ao aniversário comemorei com churrasco, cerveja e samba. Foi um ano difícil, senti muita vontade de honrar minhas raízes e agradecer por ser parte deles.

O convite:

“4.1 do avesso, que é o lado certo. 😃

“Samba, a gente não perde o prazer de cantar
E fazem de tudo pra silenciar
A batucada dos nossos tantãns
No seu ecoar o samba se refez
Seu canto se faz reluzir
Podemos sorrir outra vez

Samba, eterno delírio do compositor
Que nasce da alma, sem pele, sem cor
Com simplicidade não sendo vulgar
Fazendo da nossa alegria seu habitat natural
O samba floresce do fundo do nosso quintal”

Dessa vez quero honrar minhas raízes. Meu pai que me apresentou Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Alcione, minha mãe que venceu todos os desafios desse ano cantando “Clareou” incansavelmente, meu vô Almerindo que era um pandeirista de respeito e, claro, minha vó Marli que nunca deixou um único aniversário meu passar em branco e sem dúvida vai estar animada na hora do parabéns, de onde ela estiver. 🌳✨

Samba, roupa de banho e chinelo, piscina, arroz com feijão, cerveja gelada, a família, os amigos e um bolinho para celebrar os 41.

Quem quiser trazer brigadeiro, aceito. 🍭

Simplicidade. Abraços. Alegria. Saúde. Paz. Tudo o que realmente importa. 🤗🎉

🪇 Dia 03/12, às 11 horas, no Veredas.

E “vamo” botar água no feijão! 🚰🫘

Espero vocês. 🍰”

Me diverti como ninguém. Terminei o dia com dor na palma das mãos. Entre as músicas puxadas pelo grupo, uma levada iniciante no pandeiro. No meio dos instrumentos, parecia até que eu sabia tocar. 🙂

Definitivamente fechei com chave de ouro o ciclo das grandes festas de aniversário. Os 41 chegou com menos euforia.

Do pedido de paz, a confirmação: os presente todos para momentos relax. Velas, óleo corporal, livros, cristal, massagem, flores, objetos de decoração, acessórios de praia.

Valeu Deus por chegar até aqui mais forte, sabendo o que quero, valorizando momentos como esse, entendendo suas respostas e sendo feliz.



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A última segunda-feira da minha vó

Naquele dia acordei com uma sensação boa de recomeço. Levantei disposta e fui à luta.
Havendo muito o que fazer, tirei um tempo para adiantar as compras do almoço, colocar as roupas na máquina, regar as plantas, tomar um banho ao som de mantra, encher minha garrafa de água e começar a trabalhar no escritório.
A última mensagem enviada antes da ligação que mudaria o fluxo do dia foi sobre as férias da nossa funcionária.

Estava no meio de uma organização financeira e a concentração era tanta que dei um pulo quando meu celular tocou. A ligação era da minha mãe, pensei rápido em não atender e retornar assim que finalizasse os cálculos. Mas algo maior me dizia: “atende”.
Ouvi sua voz distante: “preciso de você aqui”. Quando respondi que estava indo, ela falou firme e mais alto: “agora!”

Isso já havia acontecido outras vezes. Muitas, inclusive. E eu sempre saia de casa num desespero absurdo. Dessa vez, eu senti diferente. Levantei imediatamente, mas fui com calma. Já sabia que era algo com minha vó e mesmo pegando chave do carro e organizando para sair, em silêncio, fui respondendo as minhas próprias perguntas. Minha filha resolveu me acompanhar, fato inédito nessas ocasiões. Não demorei 5 minutos para chegar e nos deparamos com minha mãe com olhos arregalados, meu amigo de infância e minha vó no chão.

Os desmaios eram recorrentes, mas dessa vez foi diferente. Aquele olhar perdido e corpo pálido me fez pensar em todos os possíveis desfechos. Eu e meu amigo recolhemos ela do chão na tentativa de levarmos para a cama. Seu corpinho suado e mole escorregava entre nossos braços e mesmo lidando com aquela cena a qual era preciso agir, meu corpo trêmulo já dava sinais de perder a força. A ambulância estava à caminho. Sentia meu coração batendo na altura do pescoço. Uma loucura.

Assim que a colocamos em sua cama, minha irmã chegou do trabalho. Ainda perdida, sem entender o que acontecia, ela se aproximou de nós. Meu corpo trêmulo e minha mente agitada não conseguia conciliar palavras, ação e emoção. Tentei ligar pro Dani, meu marido, mas não consegui concluir a ação. Naquela altura eu não conseguia me lembrar do número do celular dele.

Senti que minha vó estava indo… E com minha mãe, minha irmã e minha filha ao redor da cama eu acariciei seus cabelos prateados e supliquei à Deus em alto e bom som: “Deus, a minha vó não vai sofrer!”
Eu não consigo me lembrar o que mais falamos depois disso… mas sei que todas nós falamos com Deus naquele momento. Minha vó deu seus últimos suspiros, tirei minha mãe da cena, falei olhando dentro do olho dela todas as palavras de afirmação que vinham na minha mente naquele momento. Aos berros. Os vizinhos começaram a chegar. E enquanto eu me esforçava exaustivamente para colocar a colher de açúcar exatamente dentro do copo de água, lembrei de respirar: Inspira, solta. Inspira, solta. Inspira, solta. Inspira, solta.
Só assim conseguir fazer o copo com água e açúcar chegar até minha mãe. No quarto, a equipe médica tentava reanimar a minha vó. Apesar de debilitada e velhinha, assistir a vida ganhar ponto final era surreal. Sozinha, catei a primeira parede onde pudesse me escorar e chorei em desespero até ser interrompida por uma vizinha que se aproximou para consolar.

Encorajada por uma força divina, eu, a neta mais velha, me esforcei para deixar aquele ambiente mais leve. E, sei, era exatamente assim que minha vó faria.

Segunda, terça. Jamais tinha passado pelos trâmites de um sepultamento. Amedrontada pela estreia, segui adiante até onde eu consegui ir. Segurei a onda e deixei lágrimas escorrerem através do óculos escuro. Preferi não lidar com as memórias naquele momento. Rever as fotos e vídeos e repensar na morte só me aproximaria da tristeza e me afastaria da força que naquele momento era necessidade vital.

Quarta. Contei os dias para chorar sozinha, sem que fosse parada por alguma aproximação humana. Imaginei um cenário, um momento meu, com porta trancada, banho quente, música e catarse. Mas o peso do nó na garganta me tirou as forças. Tomei um banho rápido, coloquei um pijama confortável, me joguei na cama. No youtube, digitei “Los Hermanos”, como se me preparasse para uma prece. E era. A primeira música da lista não foi acaso, “Primavera“. Me enrolei em posição fetal, não perdendo de vista as cenas que passavam na tela, e chorei compulsivamente. Até esvaziar.

Primavera brilhando
Em seu olhar
E o olhar
Que eu guardo
Na lembrança
Ainda traz a esperança
De te ter
Ao meu ladinho
Numa próxima
Estação!…”

Hoje também é segunda-feira e nunca saberemos quando será a última de alguém ou de algo. Pensar nisso não me amedronta, mas me direciona. Eu sei exatamente onde quero chegar. Não quero contar os dias desde aquela segunda-feira, mas quero ressignificar aquele dia e todos os outros. Quero aproveitar o benefício da saúde, da disposição, da força e da sabedoria e fazer meus dias e os dias dos meus serem plenos de pequenas alegrias e paz.

Eu ainda choro. Comedidamente. Sob efeito quase anestésico de um coração tomado de tranquilidade, tenho flertado com profundas reflexões e pensado muito nesses encontros e na linha do tempo entre nascimento e morte. Pensar nisso é profundo e benéfico. São tantos aprendizados capazes de nos remodelar que capacita até os sentimentos mais vulneráveis.

E exatamente por ter consciência da finitude dessa vida que, por mim e pelos meus, decreto recomeços todos os dias. Não só às segundas.


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Fora de órbita

É necessário aprender a amar dentro antes de suplicar pelo amor de fora.
É do lado de dentro que se aprende a estender braços e mãos. Ser e fazer parte.
Seria plausível reclamar dos dias, dos finais de semana, de um estado depressivo e trágico se esse estado fosse contínuo até no arregaçar das mangas. Mas quem tenta?
De tanto procurar do lado de fora acaba encontrando abrigo em espaços vazios, em vidas mentirosas, que exibidas atrás de uma tela de celular, parecem perfeita cenas de filme. Fora da tela, um monte de louça suja na pia.
Ansiolítico virou moda. Ansiolítico com álcool é ainda mais cool. Transtornos são naturalizados e passa longe aprender a nomear sentimentos. Não precisa. Já nomearam tudo – ou quase tudo – de depressão e ansiedade.
Geração da escassez da empatia e egos inflamados.
Geração do quarto, do brilho (bem distante dos olhos), da depressão, da indecisão, da facilidade. Ser o melhor para todos, menos pra si próprio, menos aqui do lado de dentro.
Esquivam-se da auto responsabilidade e fazem acusações baratas em troca de palco.
Triste. Sarcástico. Dramático.
Suspiro de vida que escoa em vão.
Pais exaustos. Sonhos e planos perdidos. Como desgarrar e desistir de quem morou no seu ventre e já não cabe mais no peito? Dói.
Tristeza é falta de esperança. Desacreditar que haverá forças para continuar tentando é fardo.
Essa geração que não lava a louça, não se importa em tirar a mesa, embolam roupas sujas entre as limpas, abrem a geladeira 15 vezes e entre queijo, manteiga, pão, frutas, dizem não haver nada para comer… eles não fazem a menor ideia do trabalho que dá. Menos ainda do quanto custa.
Geração que só sai do quarto com o objetivo de fotografar. Fotografar e postar. E mesmo no auge do número de likes, vivem com enorme tristeza, oposta ao que se exibe.
Vampiros da imagem, da vida alheia, da mentira. Todos sugados, destruídos, passando longe da vida real.
Filhos que não voam, não crescem, não saem de casa, não pretendem montar sua própria estrutura. Só sugam. Sugam. Sugam. Como se seus pais fossem detentores da vida eterna. Exaustos, ameaçados e reféns, são condenados a viver eternamente com grandes dragões que cospem fogo. Dragões que não estão nem aí para onde vai queimar e são incapazes de ajudar a cuidar da ferida.
Esses pais, meros mortais fadigados, se arrastam para continuar limpando toda a sujeira. Nunca, nunca deixam de amar. Nem de fazer. E mesmo sem saber onde mora a esperança, continuam de mangas arregaçadas, sem tempo de deprimir, sem desistir, abraçando a responsabilidade de serem nomeados cuidadores, educadores, talvez os grandes responsáveis em fazer desse mundo um lugar um pouquinho melhor.
Quando esses pais sorrirão em paz?

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A descoberta da autocompaixão

Um episódio importante acendeu o alerta. A faísca de uma notícia mal dada que virou uma explosão de um stress e medo. Seria falta de autocompaixão achar que é prepotência querer controlar tudo?

Dessa faísca, senti meu peito aquecer, coração disparar, garganta secar, sensação de afob(g)amento. Entrei no carro à fim de pausar o tempo, mesmo sabendo que ele não para. Dei ré, ignorei os sensores. Ignorei o grito do funcionário que estava comigo. Continuei dando ré. Até que fui parada. E só então descobri que bati e continuei empurrado a porta do carro de uma pessoa importante do casamento que eu produzia.
“Que m…! Meu Deus…! Vejo isso depois. Vamos.”
A minha imaginação sempre chega primeiro e cria uma cena realisticamente irreal.
Mas só quando cheguei ao destino final que dei conta do fato: minha presença era absolutamente insignificante para aquele episódio. Mas absolutamente significante para contar ao dono do carro. 😦

Pois é.

Minutos antes de receber a ligação, eu dei play na música, escolhi a roupa, entrei no banho…. Tinha um show para ir, estava animada. Quando o telefone tocou, sai do banho imediatamente e atendi o telefone com a ânsia de quem salvaria o mundo.

Aproveitei a fertilidade da minha imaginação para pensar em como seria se eu tivesse agido diferente…

Antes mesmo de oferecer cuidado e afeto à alguém é preciso ter consciência de que o maior ato de gentileza começa no autocuidado.

Entendi o caminho e estou no percurso. Longe de estar plenamente em paz com as minhas imperfeições, mas já sei onde quero chegar.

Hoje me cuidar tá no topo da lista.
Nem sempre é fácil. Nem sempre consigo.
Mas sempre reanimo ao ver a melhora nos resultados dos exames, a comunicação ficando mais afetiva e eficaz, todos os aprendizados e descobertas brilharem diante dos meus olhos, a paz de estar em paz com meu tempo, com as minhas escolhas e com o movimento leve de quem tá descobrindo tanto e tudo…
É aqui que levanto. Tento de novo. De outro modo, de outro jeito, para chegar no mesmo objetivo.

Quero sentir meu corpo físico em movimento, ter amor pelas incertezas e compaixão pelos meus dramas emocionais, quero evolução espiritual e plenitude. Quero viver feliz vibrando e transmitindo amor por mim e por todos os seres.

Que assim seja.


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Obrigado, 2022

Nesses dias de reclusão (covid, de novo) resolvi escrever uma carta pra mim.
Acredita que comecei o ano com covid e tô terminando o ano com covid de novo? É, deve ser mesmo um encerramento de ciclo. Tomara que sim.

Querida Nubia,

Eu lhe devo parabéns. Fico feliz de te ver chegar aos 40 com tantos aprendizados e aceitação. Ansiosa do jeito que é, imaginou tudo ao contrário não é mesmo? Imaginou chegar aos 40 com uma vida plena, estabilizada profissionalmente, emocionalmente, espiritualmente, a família de boas, todo mundo com saúde e feliz e você viajando pelo mundo com o maridão, sem lenço e sem documento. Quem é que tinha medo de enfrentar a vida real?

Resiliência, a palavrinha que virou clichê… Para esse ano não cabe outra. Desculpa aí!

Você carrega a força dentro do peito. E é incrível! Mas aceita que já pode começar a demonstrar fragilidade, né? Tem horas que você gostaria de um chamego e tá tudo bem. Pra quem já sabe se observar, reviu tanta coisa e tem mudado dentro de si o que nem imaginaria, tá com crédito pra “fraquejar”. As coisas que não pode mudar, você já sabe também: silêncio e afastamento.

Tá aprendendo que por mais que imagine uma vida filme e planeje incansavelmente não tem nada sob seu controle. Exceto a sua mente. E que importância você deu pra ela esse ano! Uau!

Um vendaval de emoções: Família, saúde instável, mudança profissional, se descobrir por dentro, repensar nos apegos, descobrir sobre as coisas que gosta e as que não gosta, entender até onde ir pelo outro e quem é que precisa estar bem primeiro para conseguir estender a mão pro próximo. Acho que você jamais tinha se colocado no topo da pirâmide. Quarentou se amando. Que honra!

Quanto aprendizado em tudo o que fez esse ano: Aula de 3d, escrita, pandeiro, organização, pilates, yoga, meditação. Se reconheceu com déficit de atenção e isso te fez ser mais paciente no percurso. Adaptou um monte de coisas pra conseguir fixar melhor. O marca texto enquanto lia foi uma das adaptações. Terminou de ler 3 livros! Uau! Quando foi a última vez que fez isso? Nos paradidáticos da época da escola? Eu tô muito orgulhosa de você, sério!

Embarcou no silêncio. Pra dentro. Aquele mesmo que você abominava. Fechar os olhos e meditar parecia impossível, mas você encontrou a calma e se acolheu. Aliás descobriu que só você sabe se acolher nesse abraço. E que lindo! Tá, deu uma rateada no meio do caminho e retrocedeu. Não foi fácil esse ano. Turbilhão de emoções que não davam espaço pro silêncio e você tem problema com foco. Mas tá consolidado. Ah, eu tô vendo você se emocionar lendo isso aí. Só você sabe o que sente quando fecha os olhos, não é? Vejo a paz brilhando aí no fundo do seu olho. Eu sei que você vai voltar.

Curiosidade: Como você se sentiria hoje horas dentro de um avião…? Será que aquele pânico de não ter controle ainda está por aí? Falando em avião… As viagens que você tanto gosta ficaram cada vez mais distantes… Eram elas que desacelerava, que dava um up no casamento, que trazia um monte de experiências marcantes. Mas eu acho mesmo que a falta delas foi um combinado do universo para que você enxergasse, apreciasse e valorizasse outras importâncias, outros lugares, outros momentos, outras pessoas.

Você cuidou da sua família, da sua casa, brigou pelas coisas que você acreditava que podiam melhorar, foi otimista, olhou tudo com os olhos do coração e teve paciência e tato para compartilhar seus sentimentos… você abriu caminhos e ajudou nas mudanças.
Não promoveu muitos encontros, passou um tempo reclusa, mas os que aconteceram foram memoráveis. É incrível como você tem energia e alegria para reunir as pessoas e fazer uma festa. E é incrível como você ficou sem energia pra fazer o que você mais gosta: festa. Eu te admiro, também, por essas escolhas que só pertence a quem se conhece. Música e textos. Velas e incensos. Batuque e cerveja gelada. Conversas longas com atenção. Silêncio e atitude.

Parabéns, Nubia.

Parabéns até pela militância em tirar do poder aquele presidente fascista que mantinha um discurso abominável.

Eu amo você.

Não tenha nenhum medo de 2023.

O que ela quer é silêncio

A exaustão – emocional, mental e física – ocupa um outro lugar quando estou em silêncio. Com o mundo no mudo, consigo finalmente ter a sensação de pertencimento.
Se não fosse o gosto por, vez ou outra, ficar só não experimentaria da dádiva de priorizar meus pensamentos eletrizantes. A solitude – que nada tem a ver com solidão – me transporta pra dentro e só assim me é possível organizar os emaranhados de pensamentos. Organizados, feito livro em estantes, abro espaço para ouvir a intuição. Esse canal aberto é fonte inesgotável de sabedoria. Própria. 
Voltemos à rotina de mais uma semana que se inicia. E dessa vez sem deixar exaurir. 

Encerrando o ciclo no Sítio Veredas

Se eu tivesse mais alma pra dar, eu daria.

Adiamentos, cancelamentos, reuniões, expectativas. O escritório novo foi pensado para receber como sala de estar: café, bolo, música, natureza, som de pássaros e saguis. Nossa essência ali da forma mais simples, natural e pura. Aquela prosa boa que se estendia por horas e mais café quentinho. 🍃☕️🦋

Sem contato pessoal já não fazia tanto sentido e com tantas incertezas, apesar de toda vontade, força e coragem, já não dava mais pra ser só emoção… e assim, decidimos não seguir adiante.

O que era música, frescor, aroma e plenitude ficou mudo, cinza e chato. Nada mais era motivação. Me vi sozinha, com alguns eventos à concluir e zero disposição. Vivi o luto, o desapego. Trabalhei a aceitação com muitos altos e baixos. Foi doído seguir com a contagem regressiva.

O objetivo dos últimos meses foi concluído com muito sucesso. E mais uma vez finalizamos com agradecimento emocionado.

Brilho nos olhos, abraços, histórias, reconciliações, lágrimas, afeto, cuidado, promessas, carinho, dança, música. Sorte.

Já desenhei muitos sóis sorrindo e despistei a chuva várias vezes. Quem disse que não?! Também já vi muito dia cinza com surpreendente raio de sol lambendo rosto de noiva bem no momento em que ela entrava sorrindo, submergida em presença, foco e objetivo à caminho do seu par, completamente embebida de amor.

Veredas foi emoção, inspiração, suspiros. Amor à flor da pele. Veredas foi verdade absoluta e entrega absurda.

Ao nosso time forte, clientes, parceiros, fornecedores, staff: não teríamos vivido tão bem, até essa última gota, se não tivéssemos nossos corações quentinhos entrelaçados em um único objetivo: produzir festas especiais. Obrigado!!!!

Ao meu marido e minha filha, meu inspirador e minha inspiração, peço perdão pelas minhas ausências e todas as vezes que pesei com a presença. Eles são parte importante desse sucesso e felicidade profissional. 👨‍👩‍👧

E como todo conto de fadas, o nosso também termina com final feliz. Só que no plural e com intensidade: muitos finais felizes. 🧚‍♀️💕

“Mas é doce morrer nesse mar
de lembrar e nunca esquecer
se eu tivesse mais alma pra dar eu daria, isso para mim é viver”

Aqui guardo as memórias felizes em fotografias. Todas as outras, num cantinho muito especial do meu coração.

Nossa casa, nosso templo

O que você faz assim que acorda?

Uma amiga diz que enquanto não arruma a cama não é possível começar o dia. Essa é justamente a tarefa que deixo pra depois.

Adoro os rituais e todos os dias repetir as mesmas coisas enquanto vou curtindo o “fazer”.
Faz uns meses que viciei em café com canela. O café já é sem açúcar, ponto pra mim.
Café e mesa posta – claro – para mim mesma. Pão na torradeira, requeijão e peito de peru, se tiver. Adoro os “crocs” enquanto mastigo o pão torrado…
E assim vou curtindo meu café da manhã, que se seria solitário se eu não tivesse a companhia das receitas geniais do Tik Tok.
Mais um gole na xícara de café. E pausa entre o pires e a boca. Aquele aroma de café com canela invade o ambiente e me enche de alegria.

Bobagem? Claro que não.
Essa é uma das maneiras de sentir e comtemplar a casa da gente. Descobrir nos pequenos prazeres que não precisa de muito.
Depois do café, as roupas agitam na máquina de lavar. Vai sair almoço! Louça lavada e aquele “mise en place” bonito. Logo logo a panela de pressão começa a chiar.

Cheiro de roupa limpa que festejam felizes secando ao sol.

E aí que acendo o primeiro incenso do dia. Abro as janelas, deixo o sol entrar. Arrumo a cama, finalmente.

Com a playlist RespirAR do meu Spotify entoo as minhas canções. Bom começar o dia rezando em forma de música, não é?

Acendo uma vela, mais um incenso e sento à frente do meu altar. Mais um dia na tentativa da difícil tarefa de silenciar a mente e meditar.

Ah, me conta: Você tem um espaço onde concentra suas orações?

Casa energizada. Já posso começar meu dia de trabalho.

Cada um vive à sua maneira. Na correria do desconforto – que é uma pegadinha. Nos acostumamos a viver desconfortáveis e podemos passar anos sem saber o que de fato incomoda.

Mas, quando você começa a olhar para a sua casa como templo, santuário, percebe que a harmonia pode estar em todo lugar. Até no “croc” de uma torrada.

Poltrona, apoio para os pés, mesinha lateral, porta retratos cheios de boas memórias, flores frescas e mate natural estupidamente gelado. Quando tempo você pode passar exatamente aí namorando esse ambiente.

É assim que começo esse blog da Hype.

De gota em gota, vou colocando um pinguinho de acolhimento. Agora você já sabe que existe. E é bom.

Prazer, essa sou eu e é sobre isso tudo que quero falar.